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Por wilma Lucena |
Em cantos do lar a gente se perde em pensamentos e o tempo se perde em devaneios, em cores, nas formas e nas memórias. A varanda traz lembranças daquilo que não vivi. Mas, ao mesmo tempo traz lembranças e somente, pois, ela me faz lembrar que o tempo continua a se perder nos cantos de um lar.
O quarto muda, os lençóis são trocados, a mobilia é renovada e as paredes podem até mudar de cor...mas...a vida e as lembranças que guardam seu histórico continuam se acumulando e acumulando, e se empueirando e envelhecendo.
E de repente o encanto de lar vira um baú de histórias, sejam elas tristes ou felizes, mas nem por isso deixam de ser histórias belas.
Esse baú, aos poucos, ganha a forma de caverna que engole sua vida, seus momentos, mas que nunca te denuncia, apenas se reserva ao dever de tudo contemplar, tudo ouvir e de tudo te proteger.
Todo lar tem seu encanto, não falo de estética, mas, de valor histórico e pessoal...valor que nenhuma mudança ou tempestade, ou vento ou sol pode destruir.
Basta apenas um canto para que belas histórias possam ser construídas, para serem lembradas e para serem eternizadas.